Minha paixão pelas Tecnologias Digitais

Minha paixão pela ciência e pelas Tecnologias Digitais começou quando ainda cursava a 6ª série do Ensino Fundamental, com a participação em clubes de ciências da escola. Durante todos esses anos, antes de ingressar no curso de Ciências Biológicas, mantive o interesse por essa área. Aos 16 anos, comecei a fazer o curso de Ciências Biológicas, e nesse mesmo ano participei de um Seminário de Biotecnologia na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Durante o evento, o que mais me atraía eram as possibilidades de trabalhar na área, despertando-me, em especial, as plantas em tubos de ensaio.

Entretanto, durante a minha graduação não foi possível direcionar as pesquisas para essa área, devido à carência de professores da instituição neste segmento. Contudo, ainda na graduação, trabalhei com plantas medicinais, em busca de satisfação pessoal, e não por obrigatoriedade acadêmica. Passei dois anos envolvido com os Florais Brasileiros, onde participei de um grupo interdisciplinar de experiências e uso, envolvendo médicos, psicólogos, biólogos e sensitivos.

Na conclusão do ensino superior, em 1992, lecionei em escolas públicas e privadas, descobrindo outra grande paixão: lecionar para alunos de séries iniciais até ensino médio. Nesta trajetória, fui percebendo que não podia ficar parado em relação ao conhecimento, sobretudo, no contato com turmas bastante heterogêneas, onde cada aula passava a ser um desafio de vencer o desinteresse dos alunos, conseguir repassar o conteúdo com escassos materiais didáticos e enfrentar a falta de tempo para realizar pesquisas. Decidi, portanto, investir em projetos pedagógicos que despertassem o interesse dos meus alunos na busca do conhecimento.

Nesse período, surgiu a oportunidade de trabalhar com computadores. O primeiro contato com eles foi na adolescência (8ª serie do Ensino Fundamental), em aulas sobre programação em computadores modelos 286. Continuei a explorá-los de uma forma autodidata, quando só em 1998 cursei a pós-graduação em Informática Educacional. Durante esse período, trabalhei em uma empresa de Informática como consultor de softwares educacionais, prestando assessoria a escolas e professores em relação ao uso das novas tecnologias com seus alunos, e oferecendo muitas capacitações e treinamentos.

Continuei, portanto, trabalhando os recursos da informática e ao mesmo tempo mergulhando na metodologia das aulas. Essa junção deu origem ao projeto sobre Educação Ambiental com meus alunos da rede pública, que se tornou a monografia de especialização, sobre o uso de um fórum de discussão. Com isso, fui percebendo a importância de unir o microcomputador ao cotidiano das escolas.

Realizei várias atividades, inserindo as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação e sentindo a necessidade de sistematizar minhas pesquisas, o que levou ao mestrado em Ensino das Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Na disciplina sobre biotecnologia resgatei meus sonhos de trabalhar com plantas em tubos de ensaio, resultando na integração da minha pesquisa de dissertação para essa área integrada à tecnologia. O mestrado redirecionou meu olhar, ampliando concepções sobre o ensino de ciências. Tudo isso, serviu para aumentar meu conhecimento sobre formação de professores, a filosofia e epistemologia da ciência, intercalando os conteúdos específicos da área de biologia, química, física e matemática. Além, claro, de me propiciar um olhar mais crítico sobre a postura em sala de aula e sobre a importância da realização de trabalhos coletivos.

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