Reflexões aos 50: em Busca da Verdadeira Felicidade
Por muitos anos, nunca me permiti parar para saborear minhas conquistas. O trabalho excessivo e as relações desgastantes que fui estabelecendo deixaram feridas, mágoas e desentendimentos. Vivi por muito tempo na corda bamba, produzindo incessantemente.
Hoje, ao revisitar minha trajetória, me surpreendo com coisas que já não fazem mais sentido. O excesso de generosidade, a constante necessidade de cuidar do outro e a vontade exacerbada de fazer com que as pessoas enxergassem, sob minha ótica, o que seria melhor para o sucesso.
Agora, busco a calmaria, o sorriso livre e o prazer de estar entre poucos. Talvez chamem isso de maturidade, mas eu chamo de FELICIDADE. Aquela sensação deliciosa de não se importar com a quantidade de artigos publicados ou com a incessante busca por reconhecimento. Essa reflexão surgiu em uma conversa com um amigo querido, uma referência científica no Brasil e no mundo, que após concluir parte de suas pesquisas, afirma desejar a simplicidade das coisas.
Essa conversa me impactou profundamente. Aos 50 anos, percebo a importância de parar e não se preocupar em ser o melhor ou resolver a vida dos outros. Hoje, quero cuidar das minhas próprias coisas, reduzir ao máximo os objetos acumulados ao longo dos anos e procurar ser, cada vez mais, uma pessoa boa.
Tenho buscado isso há alguns anos, reduzindo a quantidade de pessoas ao meu redor, minimizando atropelos e, sobretudo, cuidando da vida de maneira simples. É nesse movimento que estou entrando na segunda fase da minha vida.